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sexta-feira, abril 28, 2006

Ainda a Maternidade da Figueira

Hoje estou muito contente. Vou entregar as folhas do abaixo assinado, consegui 186 assinaturas e sei que se mais tempo houvesse mais conseguiria angariar :)
Não sei se irá dar algum resultado mas pelo menos não fico com a sensação de nada ter feito.
No dia 7 de Maio está organizada uma marcha branca contra o encerramento da maternidade e nós vamos lá estar, ainda por cima num dia tão especial: o meu primeiro dia da mãe, organizado pelo recém criado movimento cívico "Nascer na Figueira".
Espero com muita força que o Governo não encerre esta maternidade, que se possa continuar a nascer na Figueira.
Espero, se tiver mais filhos, que eles possam nascer aqui, no mesmo local onde o irmão nasceu, serem apresentados ao oceano quase logo à nascença, da mesma forma como o Alexandre foi... da janela do quarto :).
Esta imagem mostra as varandas da maternidade (primeiro piso), Todos os quartos têm varanda virada para o mar. Querem melhor sitio para nascer e convalescer de um parto? É melhor estar no meio da natureza ou no meio de um centro urbano?
Nem quero imaginar ir em trabalho de parto para Coimbra ou para Leiria... custou-me tanto chegar a este hospital e estou a 10min de distância...

Marcha branca no dia 7 de Maio, pelas 10h30m na torre do relógio
Pela nossa maternidade :)

quinta-feira, abril 27, 2006

Pensamentos Felizes

No trabalho:

Após um árduo dia de trabalho:

a primeira vez que comeu a sopa toda:

Já gatinha:

a flirtar com a câmara ;)

quarta-feira, abril 26, 2006

Já me esquecia

Tirei umas fotos lindas ao Alexandre sentado na minha cama.... uma doçura :P

Hoje

Esta noite voltámos a não dormir bem mas a hora da refeição passou a ser uma hora de muita alegria e brincadeira. Desde que lhe comecei a dar um prato de comida menos triturada (leia-se partida aos bocadinhos, nada triturado) a seguir à sopa ele passou a apreciar muito a hora da refeição, embora sem dentes adora mastigar. Come a sopita quase toda que lhe dou e depois ainda come o tal segundo prato. Hoje foi arroz cozido com costeleta de borrego, comeu tanto tanto... é claro que depois não quis sobremesa, com tanta comida.
Dormiu umas boas 3 horitas e ao lanche comeu dois iogurtes da nestlé (daqueles queijinhos para 8 meses) Fui levá-lo agora à avó para ela ficar um bocadinho com ele e já morro de saudades.
Deus queira que passe rápido o resto da tarde, não consigo ficar longe do meu leãozinho...

Novo template

Como podem ver estamos com cara nova :) Estava um bocadinho saturada do castanho e à falta de melhor optei por este... ( bem que eu queria fazer um template mas é o que dá não perceber patavina disto).
Aproveitei também para colocar alguns blogs que visito.

segunda-feira, abril 24, 2006

Ele

presenteia-me com toneladas de sorrisos, gargalhadas, afectos e brincadeiras. Comeu a sopa toda... 250ml de sopa!!!! isto é histórico e ainda comeu um bocadinho de massa e bife da mamã, fruta e quase 1 iogurte dos danoninhos para bébés.
Fiquei Feliz.
Obrigada filho por me ajudares nesta luta :)

Há dias...

em que simplesmente quero desaparecer. Ontem e hoje são dias assim...

sábado, abril 22, 2006

Não há...

mal que sempre dure nem bem que nunca acabe.... mas pelos vistos a segunda parte do ditado é a que faz mais sentido aqui pela vizinhança.... depois de uma noite tão bem passada como a de quinta para sexta-feira (não digo perfeita porque isso seria dormir as 7 horinhas sem acordar) veio uma daquelas... bem esta noite foi de hora a hora, nem o AERO OM o fez ficar quieto e bem adormecido. Vou ter de falar disto na consulta dos 9 meses, não acho normal... o meu filho é hiperactivo, não para quieto, aquelas pilhas nunca esgotam :)
Hoje tive um tempinho só para mim, soube-me tão bem :D isto de estar 24h com um filho desgasta um bocadinho... até porque passamos a viver em função de um ser que (no meu caso) ainda nem 9kg tem e acabamos por esquecer de cuidar de uma coisa também muito importante: nós próprias. Soube tão bem tomar um banhinho com um óleo aromático da PAYOT... fiquei de molho uma boa meia hora com uma água tão quentinha e tão cheirosa... ainda sinto o cheiro do óleo na minha pele que relaxante :)
Dei o jantar ao Alexandre por volta das 20h e às 21h já estava cheio de soninho... fixe! mamoca e pronto! adormeceu de seguida.
O meu filho está tão crescido... já tenho tantas saudades de quando ele era recém nascido. Quando pegava nele e ele assumia aquela posição fetal ou quando ele queria mamar e ficava doido a abanar a cabeça de um lado para o outro no meu pescoço ou então, e considero isto la créme de la créme aquele ar de satisfação após ter mamado na mamoca da mamã, como que a dizer estou no céu...
Bom fim de semana... ou melhor... bom fim do que resta dele :D

sexta-feira, abril 21, 2006

Finalmente uma noite como as de antigamente....

Obrigada filho por hoje teres deixado descansar a mamã... Quando acordaste perto das 4h da manhã para mamar estava convencida que a noite tinha acabado e comecava a saga do mexe para a direita, mexe para a esquerda, do choramingar... Mas não, hoje meu amor adormeceste e só voltaste a dar sinais às 7h da manhã :) aconcheguei-te contra mim e voltaste a adormecer profundamente. Acordaste à pouco mais de meia hora com um largo sorriso e essa disposição tem-se mantido até agora.
Vou fazer a tua sopita.

quinta-feira, abril 20, 2006

E afinal não era fome...

E pensava eu que a mamoca que não satisfaz o leãozinho poderia ser a razão de tão más noites... mas não, tirei ontem a prova. Perto da meia noite o Alexandre quis comer e vai daí não estive com meias medidas, uma pratada de papa daquela que ele mais gosta, comeu tudo. Eu orgulhosa pensei... vais dormir pelo menos até às 6-7h da matina a seguir dei-lhe mama. A muito custo adormeceu e às 3h da manhã novo pedido de toma de leite e o resto da noite a mexer-se a mexer-se... mas que se passa contigo querido??? Não são dentes, não é fome, não me parecem cólicas... só se for vício da mamoca não estou a ver outra coisa. Estou de rastos.. cansada e sem vontade de trabalhar. Hoje o dia tb não ajuda está cinzento e chove...

quarta-feira, abril 19, 2006

8 meses

Faz exactamente neste preciso momento 8 meses que nasceste meu amor e a esta hora estás a dormir uma sesta na tua caminha.
8 meses de muita felicidade e algumas lágrimas... tuas e minhas.
8 meses de contínua aprendizagem em ser mãe e filho, em nos conhecermos em nos descobrirmos...
8 meses que transformaram a minha visão da vida e da maternidade.
Estás a ficar grande meu amor, já gatinhas, já te sentas sem apoio, já brincas sozinho, adoras tirar fotografias, já dizes mamã desde dia 8 de Março e já dizes olá também, já brincas com o som que sai dessa boquinha linda, ris às gargalhadas, já elegeste a tua música preferida, aquela que te arranca grandes sorrisos sempre que a ouves.... és temperamental e teimosinho, adoras estar enroscadinho na mamã (e eu adoro estar assim contigo) e tantas outras coisas mais...
O teu pai e eu amamos-te mais do que tudo na vida.
Muitos parabéns pelo teu oitavo mês de vida. És o nosso amor

Relato das últimas duas noites...

Estas últimas duas noites foram terríveis... Agora deu-lhe para chorar desalmadamente, aquele choro que até ficam a soluçar dos nervos. Isto tudo porque a mãe resolveu insistir com o biberão. Na segunda feira a noite acabou às 4h da matina (e eu que só tinha conseguido adormecer já passava da 1.30h ), acorda dou-lhe maminha ele largou a maminha e adormece mas não para de se mexer de um lado para o outro, trago-o para a minha cama para ver se conseguia dormir alguma coisa. Às 5h da manhã resolvo ir fazer-lhe um biberão de NAN2 premium (aconselhado pela pediatra do Alexandre por ser mais docinho e agora tb pela Rita (obrigada pelo conselho)) bem... desata num berreiro de acordar a Figueira inteira e não havia maneira de o acalmar, só queria peito peito, eu bem lhe dava mas pouco saía (1h depois de ter mamado ainda não tinha lá muita reserva de leite) ele quase adormecia e eu nova tentativa de biberão e ele novo berreiro daqueles com soluços e lágrimas de molhar o lençol. Acabámos os dois a chorar ele porque queria mamar no peito e eu cheia de pena e desgosto de não ter leitinho suficiente na mamoca para o meu filho. Lá o consegui acalmar e tentei ir para a brincadeira com ele. Com ele bem calminho fomos à cozinha e com o leite que lhe tinha feito preparei uma papinha que ele comeu quase toda (150ml de papa) levei-o novamente para a cama e adormeceu ao meu colo. Deitei-o ao meu lado e ficámos encostadinhos o resto da madrugada. escusado será dizer que com estes nervos todos já não consegui pregar olho...
Na noite passada às 23h dei-lhe mama e consegui (a muito custo e com algum choro) que ele bebesse 120ml daqueles cereais prontos a beber da Cerelac. Pensei.... se ele acordou ontem às 4h da manhã, hoje com mama e biberão vai dormir até às 6-7h da matina... wrong! às 2h da manhã lá está ele a pedir mama, seguindo o conselho da pediatra dou-lhe em primeiro lugar o biberão, chora, chupeta, biberão, chora... que se lixe, mama, quase que adormece enfio-lhe o biberão, chora, choro eu de desespero, o papá pega no Alexandre ao colo e leva-o para o outro quarto e fica com ele até às 7h da manhã, obrigada M. estava mesmo a precisar de descansar. Não mamou, eu ouvi-o a noite toda a choramingar e sentia o M. a tentar dar-lhe o biberão e ele a recusar-se. Dei-lhe mama às 7h da manhã. Não quis mais mamar até à hora do almoço. Há que ter paciência... Custa-me muito esta situação...

segunda-feira, abril 17, 2006

O Alexandre e as noites

e continua a saga das noites mal dormidas...

Para dizer a verdade desde que ele nasceu que as noites são todas mal dormidas à excepção de 1 noite (sim, somente 1 em toda a vida do meu leãozito) em que dormimos 6 horinhas seguidas...
O máximo são 4 horitas. Penso que o problema maior não está nos dentinhos, uma vez que ele não tem sintomas associados ao nascimento dos dentes, excepto o dormir mal. Acho que está mesmo na maminha da mamã que já não satisfaz como antigamente e o meu leãozito recusa-se terminantemente a beber leite por biberão. Alguma sugestão?

Fez ontem um ano...

no dia de Páscoa, que senti o teu primeiro pontapé a sério meu amor, já te sentia mexer há duas semanitas mais ou menos mas aquele pontapé foi sem dúvida o primeiro a sério :) estávamos na N2 a passar por debaixo do viaduto da A24 ainda em construção, quase quase a chegar a Viseu e a ouvir Adriana Calcanhoto, fico assim sem você. Passou a ser a nossa música, os teus movimentos intensificavam-se sempre que a ouvíamos e nós (o teu pai e eu) cantávamo-la muitas vezes. Até tivemos a sorte de ouvir a nossa música no dia do teu nascimento e ao ouvi-la cantei para ti (com alguma dificuldade entre as contrações já muito apertadinhas).
Amo-te muito meu filho...

Adenda ao post desabafo...

Estava um bocadinho depré ontem... desculpem :) mas mesmo assim comigo hoje mais bem dispostinha não deixa de ser medonha a dita. A minha cicatriz é um sorriso virado à esquerda que vai quase de uma virilha à outra e tem uma subida acentuada do lado esquerdo. A médica que me observou e em quem em confio (foi a médica que sempre me seguiu até eu vir viver para aqui) disse-me a minha cicatriz só queria dizer 2 coisas: ser mesmo urgente tirar o meu filho de mim e que era uma posiçao direita posterior. O que eu não teria dado para que o meu parto tivesse tido outro final que não a cesariana...
A médica que me observou disse-me que numa próxima gravidez, a menos que o feto esteja muitíssimo bem posicionado, o mais provável é eu ter de fazer novamente uma cesariana, aliás muitos médicos (acho que a maior parte até) são apologistas do lema "uma vez cesariana sempre cesariana". Isto faz-me recuar na minha pretensão de sempre de ter 2 ou mais crianças, ou este trauma pós-operatório desaparece ou então Alexandre parece-me que serás filho único. Não me sinto preparada para outra cesariana e não sei se alguma vez estarei, as dores e a debilitação física não são comparáveis às de um parto normal, são muito piores (pelo menos para mim foram...)

domingo, abril 16, 2006

Desabafo...

Não consigo deixar de sentir tristeza quando olho a minha cicatriz... a gaja é medonha (não sou só eu que acho isso... apesar do meu querido M. dizer que tem bom aspecto encontrei alguém, formado em medicina que opina da mesma maneira que eu nesta questão), ainda me moi de vez em quando e pode parecer estúpido ou ser mesmo estúpido mas custa-me muito tocar nessa zona... há dias em que não há valdispert que resolva :(

(isto está difícil de passar está...)

Bem neste verão não vou assustar ninguém na praia uma vez que a partir de agora... Adeus Bikinis ou pelo menos adeus até que eu faça as pazes com esta zona do meu corpo...

Vamos ajudar a mãe do Tiago

Hoje pesquisando na blogosfera entrei num blog criado para ajudar um filho, é de uma mãe que teve de deixar de trabalhar para cuidar do seu filho que tem uma Neuropatia Hipomielinizante Congénita (Charcot Marie-Tooth) uma doença que pode acontecer 1 em cada 100000 nascidos. Caracteriza-se pelo facto de o corpo não produzir mielina, que é a camada que reveste os nossos nervos e é responsável pela condução dos impulsos nervosos enviados pelo cérebro.
mesmo que não comprem a bijuteria que a mãe do Tiago faz pelo menos divulgem o blog que já é uma boa ajuda.

sábado, abril 15, 2006

Páscoa Feliz

Desejamos a todos os amigos e visitantes deste blog uma Páscoa muito feliz cheia de ovinhos muito muito saborosos....

beijinhos
Cristina & Alexandre

terça-feira, abril 11, 2006

O parque

Ontem comprei um parque da chicco ao Alexandre mas um daqueles grandes. Aguentou-se lá um bom par de minutos. Vamos ver se hoje também lá se aguenta.
Pu-lo no terraço a brincar e até agora tudo bem. Espero que ele me deixe fazer alguma coisa hoje.

segunda-feira, abril 10, 2006

Afinal....

Nisto de voltar ao trabalho nem tudo parece mau. Este empregador não me parece um dos "patos bravos" habituais até acho que gostaria que me chamasse para trabalhar. Hoje é uma segunda feira de sol na rua e no espírito :)


Nota: O Alexandre não me deixou dormir outra vez.... dormiu até às 3.30h, às 4.30 pediu miminho, às 6.30h pediu maminha e depois fui eu que não consegui mais adormecer.... ainda quero ver como me vou aguentar...

domingo, abril 09, 2006

Há dias...

Em que só me apetece chorar....

E...

Amanhã lá vou eu para a primeira entrevista de uma das duas propostas de emprego que me propuseram....

Em relação à outra, o empregador disse-me para mandar o curriculum e a carta do centro de emprego pelo correio... será que isto quer dizer alguma coisa???

sexta-feira, abril 07, 2006

quinta-feira, abril 06, 2006

Querido diário ;)

Hoje o Alexandre não me deixou (outra vez...) dormir lá muito bem de noite. Se isto vira moda estou lixada.... Não comeu lá muito bem a sopa mas em contrapartida atacou nas batatas assadas da mamã.
O meu filho agora resolve imitar-nos nos gestos e vocalizações, é um brincalhão e há mais de 1 semana que já faz a pinça fina para apanhar as migalhinhas (tenho que ir colocar isso no teu boletim filho....) agora já não diz mamã com tanta frequência, é mais olá e gritinhos... farta-se de palrar, nunca está quieto e nunca se cala.... sai mesmo à mamã hehehe!
Boa noite e fiquem bem

O parto...

Estando a ser esta uma noite de insónia, vou aproveitar e relatar aquela que foi a experiência mais fantástica que tive na minha vida (pelo menos até à parte da cesariana ...).
Apesar de já ter acontecido há 7 meses e 2 semanas, recordo-me do parto como se de hoje se tratasse. O rolhão comecou a sair precisamente uma semana antes do parto, dia 12 de Agosto.
No dia 18 de Agosto fui fazer um CTG ao hospital de manhã e um toque agressivo (uma malandrice como a minha médica o intitulou, se fosse hoje não teria deixado fazer toque nenhum...) para que fosse induzido o parto no dia 22 de Agosto. Estava já com o colo 50% apagado e 3 dedos de dilatação. A Dr estranhou eu não ter dito nada nem sequer um ai abafado mas na realidade nem me doeu assim tanto. Imaginei-me na praia e consegui abstrair-me do que me estava a fazer. Disse-me que estava fresca que nem uma rosa e que ficava para segunda. Viemos para casa e eu comecei a sentir logo uma moinha no fundo da barriga mas achei que deveria ter sido do toque, não me preocupei. Passámos o dia calmamente, eu ainda a acabar de bordar uma fralda para o Alexandre que acabei nessa noite. Era para irmos caminhar como habitualmente mas como estava já com algumas dores optámos por ficar em casa, Alugámos um DVD, o Aviador. Por volta da meia noite do dia 19 de Agosto (e DPP do Alexandre) as contrações comecaram a ser ritmadas de meia em meia hora e eu pensei... vai ser mais cedo. Às duas da manhã ficaram mesmo dolorosas, o M. ajudou-me a relaxar, meti-me na banheira e disse-lhe que fosse descansar. Acho que nunca tomei banho com água tão quente, mas as dores que sentia era fortes e eram só nas costas... deitei-me às 4 da manhã, depois de vir do WC e no meio de uma contração agora mais apertadas, senti líquido a sair mas como era pouco, virei-me com um sorriso e disse ao meu marido, estou a ficar incontinente com estas dores... Voltei para o banho, desta vez duche, jactos de água quentíssimos junto à zona lombar (as minhas dores de parto foram só nas costas não tive uma única na barriga), só me apetecia estar no banho ou de gatas ou tipo como os muculmanos oram a Meca :). O M. descansava. Às 6h outra vez a mesma perda de líquido e aí eu pensei que talvezme tivesse rebentado as águas. Fui tomar o pequeno almoço, tentei sentar-me e não consegui, uma dor... chamei o M. e disse-lhe vai nascer hoje amor, temos que ir para a maternidade. tomei outro duche calmamente, tentei comer algo e lá fomos à maternidade. A turbulência provocada pelo piso irregular aumentava a frequência das contrações e as dores. Quando vinha uma o M. quase que parava o carro. Chegámos ao hospital, dei entrada nas urgências às 8h48min da manhã fui atendida por uma enfermeira fantástica que me fez o toque 5 cm disse ela, saco roto mas apresentação alta. Mandaram-me vestir uma bata e ligaram-me ao CTG. Quase não recebi oxitocina, não quis epidural, mas também ninguém me perguntou se queria... A dilatação foi-se fazendo rapidamente e com bastantes dores mas aguentei perfeitamente. A fase de transição é que custou um bocadinho porque tinha acessos de muito calor e depois de muito frio, muitos enjoos e umas dores nas costas... eu pedia à enfermeira para ter dores na barriga :) A enfermeira B. foi fenomenal queria fazer-me massagens nas costas tal como M. mas eu não suportava que ninguém me tocasse, parecia que a intensidade das dores dobrava. A médica de serviço (que infelizmente era tb a medica que estava de serviço qdo fiz a curetagem) vinha e ia, sem nunca me dirigir a palavra. De repente senti necessidade de fazer força, as contrações eram seguidas, pedi ao M. que fosse chamar alguém, nem me ocorreu que tinha uma campainha ao lado, a enfermeira e a medica vieram logo mas ainda não podia. Passado pouco tempo, novo toque, dilatação completa é hora de fazer força Cristina disse-me a enfermeira. E eu fiz muita força, muita mesmo, cheguei a evacuar mas o Alexandre não descia. A médica fazia força na minha barriga e ele continuava sem descer. Após quase 1 hora a fazer força a médica com a cabeça fez um não à enfermeira e foi-se embora. A enfermeira B. disse-me então: custa-me tanto vê-la ir para cesariana depois de um trabalho de parto destes, vamos tentar as duas mais uma vez? disse-lhe que sim com a cabeça mas pareceu que o mundo tinha desabado. Tentei com todas as minhas forças mas ele não nasceu. Depois foi tudo muito rápido, o M. empurrou juntamente com a enfermeira a cama para o bloco, encontrei a médica que me seguiu durante a gravidez e com ar de admiração disse a sorrir: então era só para Segunda feira Cristina! eu respondi no fim de uma contração: hoje já não estou fresca como uma rosa pois não Dr.? ainda deram umas gargalhadas :) entrámos na sala de operações, uma enfermeira fica com M., eu sempre a fazer força, era incontrolável, o pessoal de saude a despir-me, a pedir-me para não fazer força, faço a respiração ofegante, o anestesista pede-me para não respirar assim, eu digo, não consigo deixar de fazer força, tudo a correr à minha volta, um pano verde que sobe, eu olho a minha medica e digo-lhe que estou cheia de medo, uma coisa que desce... acordo não me lembro de nada, nem sequer o que se tinha passado, não consigo respirar, vejo sombras, tento avisá-los que não respiro, uma diz-me respire normalmente engenheira... eu penso... meu Deus tive um acidente numa obra, estava tão desorientada que nem me lembrava do que estava ali a fazer (além de que não estava à espera de ser tratada pelo grau académico quando tinham passado a manhã toda a tratar-me pelo nome), a realidade volta quando outra pessoa diz: a esta senhora só benuron porque ela quer amamentar. Não tenho forças para perguntar pelo Alexandre, não consigo falar, oiço as pessoas dizerem: esta senhora queria tanto um parto normal.... cheguei ao quarto, fiquei junto à janela com vista para o mar (cama 21), entra de repente o transportador para levar o sangue do cordão à crioestaminal, as enfermeiras ralham porque não podia entrar ninguém no quarto. Dizem-me tem um bebé tão lindo! nasceu às 2.10h e pesa 3160gr e eu pergunto ele está bem? dizem-me que sim que é um lindo rapaz.
Passado mais de 1 hora dele ter nascido o M. entra no quarto com o nosso filho, choro, choro muito de felicidade, de o ver, de os ver aos dois, de ver que ele está bem, de ver os olhos chorosos de felicidade do meu marido que amo muito. Apelidaram-me de "srª que queria tanto um parto normal", levei 24 agrafos. Por volta das 5.40h da tarde dei-lhe de mamar pela primeira vez, o pai deu-lhe um biberão logo após o nascimento. Foi maravilhoso tê-lo a mamar junto a mim, é uma sensação única, é um elo que se cria, é uma passagem de amor e carinho.
O dia a seguir ao parto, quando nos levantam é horrível, nunca tive tantas dores, muito piores que as dores de parto, não conseguia respirar de tanta dor. No 2º dia a seguir ao parto comecei a caminhar no corredor da maternidade e comecei a sentir-me melhor.
Quando fui tirar os pontos perguntei à minha médica o que tinha acontecido. Ela disse-me que o meu filho nunca nasceria sem ajuda... Para me tentar convencer disse-me que a certa altura do parto o Alexandre teria virado a cabeça e encaixado de lado (e ainda me disse que eu tinha muito espaço...), e que com a força que eu fazia mais ele encaixava. No entanto, sinto que não foi bem assim... segundo apurei há pouco tempo junto com a obstetra que estava de serviço no meu parto ela impõe um tempo limite para a fase expulsiva do parto de 40min, excedendo esse tempo ela parte para cesariana... e quem precisa de mais tempo??? Somos todas diferentes, todos os partos são diferentes...
Agradeço aos técnicos de saúde que nos acompanharam durante a nossa estadia no hospital, todos muito atenciosos, muito carinhosos.
Apesar de tudo, adorei a experiência, quando iniciei o trabalho de parto senti-me a mulher mais linda, mais poderosa e mais feliz do mundo, é uma sensação indescritível.
Disto tudo fica a felicidade de ter um filho mas fica a dor de uma experiência perdida que eu tanto queria viver...
Sinto muita tristeza por não ter sentido o meu filho nascer, por tê-lo conhecido quase 2 horas após o seu nascimento, por não me terem dado oportunidade de tomar decisões no meu parto, por me ter deixado ir para cesariana sem questionar, pela anestesia geral não consentida, por não conseguir aceitar facilmente que às vezes as coisas não correm como queremos... tenho pânico que possa suceder novamente...

quarta-feira, abril 05, 2006

Valdispert

Podem ser naturais e fraquinhos mas estão a dar conta do recado... Tenho mais paciência com o meu Alexandre que amo mais do que tudo na vida quando ele faz as suas birrinhas quer por sono quer por não querer comer, consigo descansar mais nos intervalos das mamicas à noite (2 em 2horas ou 3 em 3horas) , já nem me afecta muito o facto de haver dias em que há alguém que inconscientemente (digo inconscientemente porque não quero acreditar que seja sentido e pensado) resolve testar a minha paciência e dá comigo quase em doida uma vez que tenho que "comer e calar" and the last but not the least há dias em que consigo não me lembrar nem "remoer" e angustiar-me ao pensar no que me levou à depressão pós-parto.

E isto é muito positivo!

...

É estúpido e doloroso ter sentimentos tão antagónicos.... se uma parte de mim quer ficar aqui com o Alexandre a outra parte grita pela liberdade perdida e quer trabalhar fora.

trabalhar fora sim ou não? eis a questão...

Ai...

Não me apetece nada separar-me do Alexandre, queria ficar com ele até ele ter 1 ano pelo menos...
Estou até mal disposta com isto das propostas de emprego
Se me chamarem a entrevista não vou prescindir das horas de amamentação mas só de pensar não estar com ele o dia todo apetece-me chorar.

Centro de emprego

Hoje fui ao centro de emprego. Recebi uma convocatória na Sexta-feira para me apresentar hoje de manhã às 10h.
Como não tinha ninguém a quem deixar o Alexandre leveio-o comigo. Tive que o acordar uma hora mais cedo e logo hoje que dormiu tão mal... dormimos tão mal. De há uns dias para cá tem tido muitas cólicas, passa a noite a contorcer-se, a virar-se a segurar as pernoquitas lindas. De noite acordei com uma perna dele no meu pescoço. Estava todo enroscado em mim.
Mesmo depois de uma noite tao mal dormida e de ter de o acordar recebeu o bom dia da mamã com um sorriso de encher a alma. É tão... nem tenho palavras :D
No centro de emprego a recepcionista olhou para mim de lado como se tivesse levado o Alexandre comigo de propósito para passar à frente das pessoas, enfim.... que mãe levaria o seu filho num dia de chuva apanhar uma grandessíssima seca num sitio fechado onde está imensa gente constipada só para ter atendimento prioritário???
Sentei-me e esperei, não pedi atendimento prioritário. Brincámos muito os dois lá no centro, vimos os pópós, batemos no vidro da porta, até brincámos com a máquina de tirar senhas. Tenho vergonha de contar mas o meu filho meteu a senha na boca (sem eu me dar conta) e começou a mastigar tipo pastilha elástica.... eu olhava e não via nada e perguntava o que ele teria na boca até que me lembrei da senha que lhe tinha dado para a mão. A muito custo e com muito ralho do Alexandre lá consegui que ele me deixasse meter o dedo na boca e tirar o papel. Não sei porque nos mandam estar lá a uma determinada hora se atendem somente horas depois... Fui atendida. 3 propostas de emprego. Uma delas não servia porque pediam um bacharel. As duas pedem um licenciado mas recém licenciado... uma delas quer pagar abaixo da tabela salarial de engenharia... para um recém licenciado. Agora imaginem... com 6 anos de experiência e um mestrado oferecerem um salario inferior ao de um recem licenciado... pior! oferecerem um salario bastante inferior ao que se ganha de fundo de desemprego! e querem que a gente tenha produtividade!! sem incentivos é difícil! Enfim... lá trouxe as duas cartas de apresentação para entregar com o meu curriculum e vamos ver no que dá... até posso ter uma surpresa agradável mas não me parece.
O meu filho de tão cansadito quase nem quis comer. Dei-lhe mamica a seguir e adormeceu. Ainda dorme... é um Anjo o meu filho.

terça-feira, abril 04, 2006

Hoje...

começou por ser um ventoso dia de verão e acabou num chuvoso dia de Abril...

O sono do Alexandre

Se eu tenho bom acordar o meu filho ainda me ganha com larga vantagem. Sempre que acorda seja por ele ou por o acordarmos abre os olhinhos com um grande e lindo sorriso :) esta madrugada depois de lhe dar de mamar e porque o sono já não vinha mais, fiquei com ele encostado ao meu peito a velar o seu sono. Devia estar a ter sonhos fantásticos pois ora sorria ora dava gargalhadas. Encontro-o muitas vezes a sorrir enquanto dorme desde o nascimento.

A nossa relação está cada vez mais sólida, mais chegada, mais feliz...

A máquina de lavar roupa

Este equipamento doméstico quando está a trabalhar é o que causa mais admiração ao Alexandre. Ele é capaz de ficar às meias horas a olhar o tambor a rodar. Por outro lado tem um medo ao tubo do aspirador... temos aspiração central em casa e por isso o tubo do aspirador é uma "cobra" com 9 metros de comprimento... até nem faz muito barulho, mas o pequenito até treme qdo vê o tubo...

hoje...

mais um dia que parece de verão...

segunda-feira, abril 03, 2006

Segunda de Trabalho...

Hoje foi um dia produtivo apesar do Alexandre não me ter deixado dormir esta noite em condições. Não sei o que lhe deu mas de hora a hora acordava. Devem ser os dentes a chatear ou então alguma colicazita...

O Alexandre levantou-se perto das 10.30 da manhã, almoçou bem perto das 12h como habitual e fez a sua sonecazita da tarde. Demorou algum tempo a adormecer mas consegui. Não quis muita papa ao lanche mas comeu um iogurte... jantou relativamente bem mas sempre a ralhar com o sono. No entanto e a muito custo só consegui que ele dormisse perto das 23h nem a mama (dei-lhe 2 vezes) o conseguiu acalmar. Só queria colo e eu com tanto para fazer... Agora dorme não sei até que horas.

De tarde foi um espectáculo, ficou toda a tarde a brincar no parque alternado com a cadeira de comer. Para não o cansar muito vou-o mudando de um lado para o outro. Só lá para o final é que ficou rabugento. è o que dá estar habituado a passear todos os dias... e logo hoje que esteve um autêntico dia de verão... um calor... só apetecia ir para a praia.

Relembrei as idas à praia durante a minha gravidez, o dormir ao som das ondas... o boiar com o meu barrigão, os passeios, os pontapés do Alexandre...

Uma barriga chamada Alexandre...

sábado, abril 01, 2006

Flashback - A gravidez do Alexandre

Após termos recebido o nosso tão ansiado positivo e ter finalmente voltado a assentar os pés na terra, veio um medo terrível que voltasse a ser outro ovo cego. Tinha dores, telefonei à minha médica que me mandou voltar a tomar o utrogestan. Já o tinha tomado na primeira gravidez e não queria voltar a tomar pois tinha receio que se voltasse a ser outro ovo cego eu não o expulsaria naturalmente devido a esses comprimidos. Mas voltei a tomar. Estava muito ansiosa, tinha que esperar pelo dia 14 de Janeiro pela consulta. O dia da defesa da tese de mestrado do meu marido, um dia antes do nosso 10 aniversario... A ansiedade estava a dar-me cabo dos nervos, estava em pânico por pensar que a historia se iria repetir. Na noite de consoada, contámos aos nossos pais uma vez que tínhamos feito marisco e eu não podia comer. Informei que estava gravida e que não queria festejos, nem parabéns até ver o coraçãozinho do meu bebé.
As dores continuavam e crescia o medo de voltar a ter um ovo cego. Queriam adiar a consulta para o dia 21 de janeiro... telefonei à medica a pedir que me consultasse. Já não aguentava de tanta ansiedade. No dia 5 de Janeiro fui fazer a minha primeira consulta e ecografia. Nem conseguia olhar para o monitos. Balbuciei: Dr.ª é outro ovo cego não é? e ela responde-me: não Cristina, olhe para o seu bebé. De lágrimas nos olhos vi o o meu girinozinho com 10.2mm e um coraçãozinho a bater. Estava de 7 semanas e 2 dias, DDP a 19 de Agosto. Olhei também para o meu amor e vi-lhe a felicidade nos olhos.

Voltámos à consulta no dia 2 de Fevereiro, estava gravida de 11 semanas. O nosso Alexandre dormia. Não se colocou em posição para medir a translucência da nuca. Que diferença em relação à primeira ecografia!!! Já parecia um bebé :). Media 44.7mm e tinha um perímetro cefálico de 13.3mm.

Voltámos lá 15 dias depois para fazer o rastreio e foi quando soubemos que vinha um Alexandre a caminho. Ó pra ele a dizer adeus :)

E assim decorreram 40 semanas de pura magia e felicidade. Cada consulta era aguardada com muita ansiedade. Houve coisas menos boas que me aconteceram durante a gravidez, como por exemplo ter saído da empresa onde trabalhava em Maio de 2005, mas mesmo essas acabaram por ser uma mais valia na minha gravidez. Pude gozar os últimos meses de gravidez em casa, a aproveitar o maravilhoso mar que banha a Figueira da Foz, fazer longos passeios nesta linda cidade e preparar a chegada do meu primeiro filho com muita calma e com muito amor.

A perfect day...

O dia está lindo!! O tempo realmente está doido :) um dia de chuva e um de sol... hoje esteve um daqueles dias perfeitos, nem muito vento, nem muito calor, nem demasiado sol. Há dias em Agosto que não são tão bons como o de hoje.
Fomos até à praia, apresentar o mar e a areia ao Alexandre. Não que ele nunca tivesse visto o mar, aliás não há dia que ele não veja o mar, mas nunca o tinha sentido :)
Com os pezitos desnudos caminhámos com ele pela areia, sentámo-lo, apreciámos com imensa felicidade o ar de admiração dele ao mexer com as mãozinhas e os pés na areia, os sorrisos dele. Levámo-lo a sentir a frescura das ondas nos pés. Adorou sentir as ondinhas nos pezinhos. Estava uma brisa maravilhosa, aquele cheirinho a mar...
Delicioso foi dar de mamar ao Alexandre ao som do rebentar das ondas do mar, com a brisa a bater-nos na cara. Adormeceu. Deitámo-nos na areia a sentir o sol e a ouvir as ondas...