sábado, setembro 30, 2006
Há
Adenda: Não me expliquei bem... despassarada como sou esqueci-me de escrever "cheios de sol"a seguir a radiosos hehe!!!!. As minhas desculpas amigos. O que eu queria dizer era:
"Há certos dias do ano em que aqui na Figueira chove com intensidade de noite para haver dias radiosos cheios de sol e é tão bom...."
Já Nasceu!!!!

A Íris da mamã Carla nasceu hoje às 00h45min.
Muitos parabéns!!!! Que sejam muito felizes...
beijinho grande
sexta-feira, setembro 29, 2006
Ando...
Em relação à Carla, pela ausência dela no msn e no blog tudo indica que hoje nasce a Íris... Deus queira que corra tudo bem.
quinta-feira, setembro 28, 2006
Amanhã...

Todos os meus pensamentos felizes vão estar virados para ti, Carla e para a tua pequenina Iris.
Se for amanhã, que tenhas uma hora muito muito feliz :)
Um beijinho grande
quarta-feira, setembro 27, 2006
Estou Melhor
Agora tenho que ter especial atenção em relação a algum sintoma que possa aparecer no Alexandre devido à possibilidade de contágio... espero não o contagiar.
Falando de coisas boas: O Alexandre a cada dia que passa anda com maior rapidez, acho que qualquer dia vou ter que seguir mesmo a recomendação do Jorge... comprar uns ténis de corrida que com estes que tenho não vai dar para o acompanhar hehe!!!
terça-feira, setembro 26, 2006
Parabéns Filipa
(...)
Nem imaginava ontem o que estava para me acontecer quando escrevi o post. Andei todo o dia com uma dor no estômago, parecia que estava a arder... parou-me a digestão do jantar, bem já imaginam o resto... tive direito a crise biliar e tudo. Ainda mal me tenho em pé e ainda não consegui beber nada que me ficasse no estômago... nem tentei ainda comer. Para dizer a verdade, levantei-me agora mesmo apenas porque o computador deu um aviso de recebimento de fax e eu aproveitei para escrever umas linhas.
bem, as melhoras para mim. O Alexandre está bem, a avó paterna veio buscá-lo e ainda bem :)
segunda-feira, setembro 25, 2006
(...)
O Alexandre está febril desde ontem, febril e rabugento, agora dorme calmamente, tem a cama só para ele; vamos ver se não é nada de mais...
Se eu fosse agora a um café ou pastelaria corria sérios riscos de pedir um café e uma cama :)
sexta-feira, setembro 22, 2006
É Oficial!!!!
Vamos ver se agora é mesmo para valer ou se iremos voltar ao dedo mágico ;)
Foi tão lindo vê-lo a andar mais do que 5 ou 6 passinhos, a ir de uns briquedos para outros... estou emocionada, feliz e muito babada (tragam um lençol de cama king size LOL)
Verita vontade não me falta mesmo, mas neste momento, apesar de muito bem vindo, não viria nada a calhar... quem sabe daqui a uns tempos???? Eu dou notícias hehehe!
P.S. - Continuamos com as noites más... muito más.... :s
Já nem me lembrava do quanto gostava (e ainda gosto) de Manu Chao ;)

À venda na HUMPAR em www.humpar.org
quinta-feira, setembro 21, 2006
Tanto cansaço
Desde que o Alexandre nasceu que tenho o sono tão leve tão leve (até se vão rir) que acordo com o vizinho de cima a bater com a gilette no lavatório... isto é de doidos! ou melhor de doidas hehe!!!
Normalmente já não durmo muito... 4 horinhas seguidas a que me habituei desde que o Alexandre nasceu, o resto da noite é aquele estado em que não dormes mas também não estás acordada e eu que gostava tanto de dormir... preciso de uma noite de sono em condições, preciso mesmo mesmo...
bem... vou ao body balance a ver se arrebito :)
terça-feira, setembro 19, 2006
13 meses...
Faz hoje 13 meses que transformaste a minha vida para sempre, atrevo-me até a dizer-te que morri quando nasceste, morri para renascer mais mulher, mais completa, morri para nascer mãe.
Cada dia que passa vejo-te mais independente, com novos pormenores, alguns tão pequenos que só eu me apercebo deles pois tive o privilégio que poucas mães têm hoje em dia que foi ficar em casa a cuidar da sua cria.
Na Sexta-feira começaste a fazer um novo olhar para as pessoas que não conheces mas simpatizas, um pequeno pestanejar de olhos acompanhado de um sorriso muito sedutor mas algo escondido como quando não queremos expor-nos completamente.
Continuas eléctrico e sem gostar de dormir muito, comes como uma criança mais crescida e quem te vê não acredita teres a idade que tens pois és muito alto.
És tão lindo quando acordas, adoras abraçar-me com força e colar os teus lábios no meu pescoço e eu fico quieta a cheirar o teu cabelo, feliz feliz feliz....
Tens um olhar tão meigo, tão sedutor... continuo completamente apaixonada por ti, e quanto mais tempo passa mais apaixonada fico, às vezes pergunto-me como é possível amar tanto assim...
Ainda não andas sozinho, aventuras-te pouco, preferes andar com a segurança de um dedo de alguém ou então fazes pequenos percursos a andar e depois sentas-te para gatinhares.
A gatinhar ninguém te apanha, vais com uma rapidez e gostas de brincar a fugir da mãe a gatinhar. Já gostas de brincar ao esconde esconde mas é tipo "gato escondido com rabo de fora"
Adoras cheirar-me tanto quanto eu gosto de te cheirar a ti, adoras dormir agarrado a mim do tipo todo enroscado hehe! a mexer-me no cabelo ou na minha orelha é a única maneira de teres um sono descansado o pior é que eu assim não durmo lá muito bem mas não faz mal. Sentir a minha cria encostada a mim dá-me uma paz e uma felicidade impossível de alcançar de outra maneira.
Adoras enroscar e desenroscar coisas, adoras brinquedos que puxam à concentração daqueles de encaixar, adoras brincar com bolinhas e o comboio com as suas carruagens, deliras a abrir e fechar portas e gavetas, brincar com o telefone, ADORAS ir à rua é a coisa que mais gostas e fazer :)... há outra coisa que adoras fazer que é brincar com água, o que tu deliras com a água...
tens 5 dentes e um a querer romper a qualquer momento. Já tentas dizer algumas palavras e é tão giro ouvir-te.
Já fazes birras com cada força... és teimosinho mesmo.
Eu adoro ver-te feliz, vivo para te ver feliz... amo-te tanto que parece que o coração rebenta...
Fui desafiada :)))
Como já respondi a este desafio há algum tempo atrás, convido a quem quiser ler que clique aqui
segunda-feira, setembro 18, 2006
Doulas...
Foi fantástica a formação, pelos temas abordados, pela partilha de emoções, experiências e conhecimento e pelas pessoas que conheci.
Assisti (em vídeo) a partos tão maravilhosos que foi impossível não me emocionar com o poder, a força, a felicidade e o olhar daquelas mulheres ao parir, uma completa explosão de sentimentos, o verdadeiro protagonismo da mulher no seu parto.
Estou com o coração cheio de esperança que esta possa vir a ser a realidade dos nossos partos, maravilhosos, cheios de força e amor...
Adenda:
O que é uma Doula...
Uma doula é uma mulher que oferece conforto, encorajamento, tranquilidade, suporte emocional, físico e informativo durante o período de intensas transformações que é a gravidez, o parto e pós-parto. Acredita na capacidade inata das mulheres parirem e de protagonizarem os seus partos. Reconhece o nascimento de um filho como uma experiência chave na vida da mulher que ela recordará a vida inteira.
A doula faz de mãe da mãe, cria um ambiente de suporte emocional para a mãe encorajando-a a deixar que o seu corpo lhe diga o que pode ser melhor em várias alturas durante o trabalho de parto, reage prontamente e está consciente das necessidades, disposição, alterações e sentimentos calados da mãe, não necessitando de controlar nem abafar.
A doula não substitui o pai, parceiro ou outro familiar que a mãe queira que esteja presente, pelo contrário, liberta-o para se dedicar à tarefa tão importante que é amar a mãe.
A doula não substitui os profissionais de saúde uma vez que não faz qualquer acto médico mas tem bons conhecimentos da fisiologia do parto e do período pós-natal no sentido de ajudar a mulher a encontrar as melhores soluções para a sua gravidez.
Existem estudos que comprovam que a presença de uma doula durante o trabalho de parto e parto reduz as taxas de cesariana em 50%, parto com forceps em 40%, utilização de epidural em 60%, duração do trabalho de parto em 25% e necessidade de oxitocina em 50%.
A doula ajuda a mulher a encontrar dentro de si o poder de conduzir o nascimento dos seus filhos, promovendo a confiança na sua sabedoria interior e visando a protecção da memória emocional da experiência do parto e pós-parto.
Links úteis para quem quiser na barrinha do lado direito no sector gravidez & maternidade
quinta-feira, setembro 14, 2006
Maridices
Eu: ajudas-me a estender a roupa no estendal? Assim vais-me dando a roupa para ser mais rápido...
Ele: Não me apetece mesmo nada ajudar-te, mas se tiver que ser mesmo vou.... é que estou cansado.
Eu (a pensar): e eu devo estar fresquinha que nem uma alface... ora bolas!
quarta-feira, setembro 13, 2006
Guiness record
Em qualquer coisa como 5 minutos, entrei, sentei-me e sentei o meu filho, esperei que ele chegasse, falei, recebi a receita e fui-me embora... aliás assim que o tipo se sentou (esteve a maior parte desses 5 minutos a andar de um lado para o outro a arrumar aqui e desarrumar ali) puxou logo do livro de receitas e da caneta (não sei se para me dizer que estava com pressa ou para me mostrar o cachucho de pedra amarela como que a reforçar a licenciatura em medicina) e sem olhar para mim e sem fazer uma unica pergunta escrevinhou logo ali a cura para os meus males.... rasguei a receita, não confio num medico que nem sequer olha o seu paciente... e é do tipo (por exemplo) ah! doi-lhe a cabeça então tome lá isto sem sequer perguntar a intensidade, a forma da dor ou sei lá o que é devido perguntar...
Foi das poucas vezes que fui ao medico ao centro de saúde, 99.99% das vezes vou ao privado, infelizmente se queremos ser bem tratados e atendidos é aí que temos que ir (e às vezes nem aí mas fica para outras conversas).
O tipo devia ser mais ou menos da minha idade e já tinha atingido um patamar que eu pensava ser atingido com alguns anos de trabalho, aquele patamar em que eles deixam de ser médicos e passam a ser uns bonecos mecânicos, passivos e insensíveis...
Hoje fiquei angustiada com o que li aqui e o que é triste é essa insensibilidade e passividade ser muito comum, mesmo em outros casos médicos com homens, mulheres e crianças... e no público muitos são os médicos que abusam dessa passividade e insensibilidade.
A médica que me fez a curetagem quando abortei (e, azar ou não, estava também de serviço quando entrei em trabalho de parto) devia estar num péssimo dia pois às 10h da manhã fartou-se de ralhar comigo por a médica que me atendia no privado me ter mandado fazer a curetagem nesse dia e depois ter trocado de turno. Eu estava extremamente infeliz como podem imaginar e não tinha culpa dessa mudança de turno mas o que é certo é que ela fartou-se de praguejar sobre isso e de não ter feito a curetagem mais cedo. Fiquei ainda pior...
Será que na licenciatura em medicina têm uma cadeira opcional que os ensina a ser assim??? digo opcional porque felizmente ainda há médicos de se lhe tirar o chapéu...
Perdoem este desabafo...
Adenda: O incrível disto tudo é que, tal como disse a Luísa no seu comentário, efectivamente a maioria desses médicos atendem no privado e quando exercem no privado são o cúmulo da simpatia e (ao que parece) extremamente competentes. Infelizmente escrevo com conhecimento de causa. A médica que me fez a curetagem foi a que me fez o parto... imaginem como fiquei quando soube que era ela que estava de serviço à maternidade nesse dia... curiosamente no parto não foi antipática nem simpática, simplesmente não falou comigo, parecia um espectro. Passado uns meses e porque ainda sentia bastante dor na cicatriz resolvi marcar consulta com ela no privado apenas porque achei que apesar de tudo ela deveria ser competente e que deveria ser como foi no parto, alguém muito sério, incapaz de sorrir... há gente assim muito competente. O problema foi que nessa consulta a médica extremamente simpática e sorridente, desdobrou-se em atenções e mimos tanto para mim como para o meu filho (que eu tinha levado uma vez que estava ainda exclusivamente a leite materno) . Fiquei capaz de lhe atirar com tudo em cima, tratá-la mal, sei lá mais o quê... esse tipo de pessoas enoja-me.
terça-feira, setembro 12, 2006
Hoje...
Quando o voltei a tê-lo nos meus braços, emocionei-me... que alegria de o rever, que felicidade de sentir o cheiro dele, a maciez da sua pele, o seu olhar feliz por me ver. Ficámos abraçados por uns bons 5 min ele a cheirar-me e a encher-me com a sua saliva no seu modo completamente amoroso e doce de me dar beijinhos e eu a apertá-lo forte contra mim e a simplesmente ficar nessa felicidade por entre beijinhos e o sentir do aroma da sua pele ainda tão bebé...
Foi a primeira vez desde que engravidei que passei tanto tempo longe dele, ai meu Deus que saudades, uma saudade que me desconcentrou a tarde toda... e pensava eu que a tarde iria ser produtiva... engano! puro engano... o meu pensamento ficou naquela casa a tarde toda. E o que eu me contorci para não o ir buscar... o que eu pensei: vou lá olhar para ele 5 min e depois volto; mas resisti e não fui. Tem que ser... tenho que me libertar um pouco e ele também. Por muito que me custe, sinto que chegou a hora de lhe dar mais a ele e de me dar mais a mim. Vamos com calma... porque eu preciso de fazer isto com calma, com muito amor e sem ansiedades...hoje foi uma tarde, noutro dia uma manhã, daqui a uns tempos um dia inteiro. Ai custa tanto!
segunda-feira, setembro 11, 2006
As fotos do aniversário/baptizado
sábado, setembro 09, 2006
Ainda o aniversário de casamento...

Na altura não conseguimos encontrar nenhum que realmente gostássemos e então resolvemos fazer os convites. Quando idealizei o convite não sabia o trabalho que dava fazer uma figura geométrica destas... a impressão, corte e montagem demoravam mais ou menos 2.0-2.5h... se bem que os primeiros demoraram mais tempo a fazer e os primeiros 50 tiveram de ser refeitos uma vez que não ficaram como deve de ser, estivemos quase para desistir de os fazer e encomendar outros mas como a prática faz o mestre no fim já tinhamos uma linha de produção montada hehehe!. Como podem ver no topo, o convite é personalizado ... agora imaginem quantos fizemos... se não me engano uns 130.
Devem perguntar... mas porquê esta figura geométrica?? pois bem costuma-se dizer que os diamantes são eternos, nós queríamos que o amor fosse eterno...
Deu muito trabalho, mas ficaram divinais não acham? :)
I Congresso Internacional de Humanização do Nascimento
sexta-feira, setembro 08, 2006
4 anos de casamento...
Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde
Amo-te directamente sem problemas nem orgulho
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira
Senão assim deste modo em que não sou nem és
Tão profundamente que tua mão sobre o meu peito é minha mão
Tão profundamente que se quando fecho os olhos contigo sonho...
Adenda: E agora sobre o meu amor mais pequenino... desde ontem que o meu filho me trinca hihi!!!! nos braços, no pescoço e na cara quando estou com ele ao colo. São mordidas doces de quem me ama e quer brincar comigo mas algo dolorosas porque ele trinca mesmo e se eu me queixo ele sorri todo contente e responde com outra mordidela e depois com um enorme sorriso e abraço... que mãe não fica babada?!?!?!
terça-feira, setembro 05, 2006
Depressão pós-parto
Aqui vai o texto:
O nascimento de um filho deveria ser o período mais feliz de uma mulher mas, infelizmente, não o é para algumas e para mim não o foi. Os primeiros meses de vida do meu filho foram vividos com muita felicidade mas também com muita dor, receios e angústias, foi um período difícil e complicado que não estava nada à espera. O meu filho foi planeado e muito desejado. Tinha a certeza de que tudo iria correr bem desde a concepção até ao parto e que o seu nascimento me iria trazer plena felicidade, satisfação e realização como mulher. Nunca pus em causa que algo poderia correr mal, sempre tive uma visão optimista da vida e quando me diagnosticaram um ovo cego na minha primeira gravidez (um ano antes do nascimento do meu filho) foi para mim uma grande tristeza e desolação mas tentei seguir em frente. Penso que ainda não me tinha refeito totalmente dessa perda quando engravidei novamente e que isso provavelmente também tenha contribuído para a minha depressão pós-parto. Durante esta segunda gravidez que foi maravilhosa, perdi o meu emprego o que me trouxe alguma angústia mas, por outro lado, a felicidade de poder vir a desfrutar mais tempo com o meu filho. Para dizer a verdade não foi a perda do emprego que me angustiou mas sim os salários e férias em atraso. O dia do parto chegou e com ele a imensa felicidade de poder conhecer aquele que eu tinha aconchegado no meu ventre durante 9 meses. Entrei em trabalho de parto em casa durante a noite, cada contracção trazia felicidade, unia-me ao meu bebé, sabia que estava a chegar a hora de o ter nos meus braços pela primeira vez, estava feliz, queria muito parir o meu filho de modo natural. Mas ao fim de um trabalho de parto com dilatação completa e período expulsivo de cerca de uma hora ele não desceu para o canal de parto e encaminharam-me para uma cesariana de urgência. Eu estava preparada para tudo menos para uma cesariana de urgência. Perdi o maior acontecimento da minha vida. À felicidade do nascimento do meu filho juntou-se o sentimento de frustração, desgosto e incompetência de não ter conseguido parir. Durante a estadia na maternidade, não podia passar em frente à porta da sala de partos sem sentir profunda tristeza, não podia ouvir parturientes a terem os seus filhos sem sentir muita irritação e pena de mim mesma por não ter conseguido o que elas estavam a conseguir. Para não me verem chorar ia para a casa de banho e ficava lá algum tempo até a angústia passar ou embrulhava-me nos lençóis e chorava baixinho de modo a ninguém perceber. Costumava dizer que o meu parto tinha sido como uma ida a um hipermercado, em que chegamos, compramos e já está, uma vez que não tinha presenciado o seu nascimento, que não o tinha sentido nem visto nascer. Sentia-me meia desligada do meu filho apesar de todo o amor e atenção que lhe dedicava era um misto de muita felicidade mas também muita tristeza, nem sei explicar bem. Sentia-me imensamente feliz pela maternidade e muito angustiada por outro. Vim para casa pensando que esta angústia e irritação deviam ser só cansaço uma vez que não conseguia dormir na maternidade, mas o certo é que continuei a sentir-me desgostosa, triste, sem vontade de fazer nada, de ver ou falar com ninguém, sem conseguir dormir. Havia dias em que me apetecia mesmo voltar atrás no tempo, em que punha em causa a minha vontade de ter um filho. A única coisa que me ligava ao meu filho e me trazia muita felicidade e algum descanso era amamentá-lo. Dar-lhe de mamar, fazia-me sentir mãe, sentia o meu filho como meu. Mas até isso se revelou difícil. Houve uma semana, em que ele não fez mais nada senão chorar talvez percebendo o meu estado de espírito. Eu colocava-o na mama e ele não mamava ou mamava pouco e eu também não fazia mais nada senão chorar nos períodos em que ele dormia o que se traduziu num aumento de apenas 50gramas de peso. Falei com a pediatra e durante essa conversa disse-me que ele tinha passado fome nessa semana. Derreti-me em lágrimas, se antes me sentia mal, depois do impacto dessa conversa senti-me a pior e a mais incompetente das mulheres e das mães. A pediatra recomendou-me comprar uma bomba de extracção de leite mas aquela conversa fez com que nesse dia não tivesse pinga de leite. Chorei até não poder mais e fui à farmácia comprar a lata de leite que a pediatra tinha aconselhado e um biberão. Se antes me sentia incompetente, agora estava mesmo destroçada. No dia seguinte, já mais calma, tentei tirar leite à bomba e consegui tirar 120ml a quantidade que um recém-nascido bebe segundo a pediatra. Resolvi então dar-lhe de mamar e tirar leite à bomba para lhe dar como complemento, pois queria muito que ele bebesse do meu leite. Queria sentir-me mãe dele e sabia que a única forma era essa. O que aconteceu foi que com o passar dos dias o meu filho passava cada vez menos tempo na mama e cada vez mais tempo no biberão do meu leite. A minha vontade que ele bebesse do meu leite era tão grande que de noite chegava a levantar-me uma hora mais cedo para que ele pudesse ter o leite pronto para mamar e nos intervalos das mamadas de dia tirava leite à bomba numa tentativa de aumentar a produção, o que consegui. O meu filho engordava normalmente mas cada vez mais me rejeitava o peito. Passado um mês ou mês e meio, a conselho da pediatra resolvi retirar-lhe o biberão uma vez que não fazia sentido esta situação. Foi um período difícil uma vez que o meu filho rejeitava o peito e chorava imenso. A pediatra e uma enfermeira amiga diziam-me para insistir com o peito que ele mais cedo ou mais tarde havia de querer e foi assim mesmo, ao fim de uma semana a mamar quase de hora a hora porque ele insistia que queria o biberão e como tal mamava pouco ao peito, de muito choro dele e meu também, consegui que ele voltasse a preferir o peito ao biberão. Foi muito difícil uma vez que tirando o apoio da pediatra, de uma enfermeira amiga e de uma amiga que passava pela mesma situação, todos os restantes achavam que estava obcecada em querer amamentar o meu filho e insistiam de certa forma para que eu desistisse, alegando que eu estava obcecada, que o meu leite não devia ter qualidade, que ele não gostava de mamar, que já tinha feito o que podia e outras tantas frases que já nem eu me lembro; Eu também cheguei a achar que estava obcecada com a amamentação mas o facto era que eu não queria perder outra experiência, não queria desistir, queria que o meu filho tivesse o melhor, sentia que se deixasse de amamentar nunca me curaria, nunca voltaria a ser a mulher de antigamente, sentia que iria ser posta de lado, que o meu filho iria preferir outros braços para beber o leite, tal era a minha tão baixa auto-estima na altura. Cheguei a consultar um médico devido a esta depressão que quis que eu começasse um tratamento com fluoxetina pois disse-me que tinha de ser medicada para superar a depressão, mas recusei o tratamento uma vez que teria de deixar de amamentar e amamentar era muito importante para mim pois além de todos os benefícios que dava ao meu filho, eu sabia que era o meu caminho para a cura. A minha ginecologista numa consulta de rotina, receitou-me valdispert que tomei durante uns tempos uma vez que segundo ela era um produto natural e que poderia continuar a amamentar, mas acabei por desistir de tomar uma vez que a cura passa muito por nos querermos curar e sair da depressão. Hoje, olhando para trás vejo que o facto de amamentar o meu filho ajudou-me a criar uma ligação muito profunda com ele, ajudou-me a ultrapassar esta depressão pós-parto. Tomei novamente as rédeas da minha vida, tentei e estou a reencontrar-me, a gostar mais de mim como mulher e como mãe, tenho reflectido muito no que me aconteceu e nos seus porquês, tento aprender com toda esta experiência, fazer algumas coisas que me dão prazer e viver um dia após o outro sem pressas. Hoje posso dizer que a maternidade me realiza, sinto-me feliz por ser mãe, estou a sentir-me uma nova mulher. Ainda tenho os meus dias menos bons, mas quem não os tem? Tento torná-los mais belos e melhores tendo “pensamentos felizes”.
segunda-feira, setembro 04, 2006
Prevenar
Após a sesta da tarde e do lanchinho, isto é, por volta das 17h30min lá fomos os dois para mais um fantástico período de pura brincadeira na praia. Acho que vou deixar de chamar leãozinho ao Alexandre e passar a chamar-lhe panadinho que é como ele estava de tanta areia que tinha nas pernocas e bracinhos, um mimo. Foi muito divertido. Esta foi tirada ontem:

sábado, setembro 02, 2006
SALDOS....
O rapaz tem cá um temperamento forte e teimoso....
Às vezes ralho com ele e faço cara de má mas só me apetece rir à gargalhada com as asneirolas que o meu leãozinho anda a fazer. Há dias claro em que não acho graça nenhuma e em que ele quase que me tira do sério, respiro fundo e tento ter uma paciência de santo... tento fazer o meu melhor.
Ontem decidi arrumar a roupinha que já não servia ao Alexandre, que saudade dele recém-nascido, que bom ter sentido o cheiro daquelas roupinhas e o toque delas na minha pele, recordei a primeira vez que o tive nos meu braços... ainda consigo recordar-me do cheiro que ele tinha quando nasceu, a maciez da pele dele, nada se compara ao veludo de uma pele de recém-nascido. Tenho muita saudade dele pequenino pequenino, acho que todas as mães sentem saudade de todas as fases da vida dos seus filhos. Tenho saudade da gravidez, do meu barrigão que me fazia sentir a mais bela e feliz das mulheres.
Ando cansada, mesmo! É difícil andar há um ano a quase não dormir, o Alexandre ainda acorda pelo menos uma vez de noite mas o habitual são duas vezes e de dia é um esgota energias :).
Segundo consta tem a quem sair eu também não era lá muito sossegada em pequena... costumavam dizer que eu era turbulenta hehehe!!! nada sossegada portanto ;)
Costuma-se dizer: filho és, pai serás. Conforme o fizeres assim o encontrarás hehehe!
Este provérbio só funciona comigo uma vez que o meu marido era muito sossegadinho...
Fiquem bem e com Pensamentos Felizes...